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Feijão

Feijão é um nome comum para uma grande variedade de sementes de plantas de alguns gêneros da família Fabaceae. Proporciona nutrientes essenciais como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B), carboidratos e fibras. 

Para plantar feijão com êxito comercial, escolha a da área onde será feita a cultura é de importância fundamental. Por isso, deve-se preferir áreas que tenham outono e primavera mais ou menos longos, suficientes para completar o ciclo do feijoeiro, não se prestando aquelas em que o verão e o inverno sejam muito rigoroso, isto é muito quente ou muito frio, respectivamente. Se houver chuvas com uma  precipitação pluviométrica de mais ou menos 100mm na época do plantio e do crescimento do feijão, tanto melhor para a cultura.

A temperatura ideal para a planta se situa entre 10 e 25ºC, embora a cultura da leguminosa também possa ser feita em temperaturas acima de 35ºC, escolhendo-se variedade adequada sob regime de irrigação.
As temperaturas muito altas são prejudiciais ao feijão, razão pela qual se desaconselha o seu plantio nos meses de novembro e dezembro na região Sul do país. Nos vales, que têm condições especiais, devido ao microclima, como o Vale do Paraíba (SP), a época de plantio, pode ser transferida, ocorrendo no inverno.

Fatores negativos do clima: Mesmo nas áreas em que o clima é favorável à cultura do feijão, não havendo irrigação o sucesso do plantio dependerá da ocorrência e da quantidade de chuvas. O risco relativamente elevado desta cultura nos levou a estudar o meio prático de reduzir esse risco. A solução foi encontrada no emprego de matéria orgânica semidecomposta ou daquela de fácil decomposição, isto é, a massa vegetal de leguminosa.

Solos

O feijão, devido ao sistema radicular que possui, prefere solos soltos, leves, de textura areno-argiosa, mais ou menos profundos, ricos em matéria orgânica e em elementos fertilizantes. Os solos arenosos e permeáveis de aluvião são os preferidos.

O feijão, como se vê, é uma planta muito exigente. O lavrador, como quase sempre acontece, reserva as terras melhores para as culturas do café, do algodão ou de hortaliças. Para o feijão sobram as já cansadas, muito ácidas e fracas. A leguminosa tem preferência pelos solos cujo ph varia entre 6,5 e 7. Sendo muito ácidas, as terras deverão ser corrigidas através da calagem, no mínimo um mês antes do plantio. Se forem muito argilosas e arenosas, a solução será o uso de matéria orgânica semidecomposta.

O feijão, normalmente, não consome muitos nutrientes, mas, considerando-se a fragilidade da planta e a precariedade do seu sistema radicular, o seu pequeno porte e o ciclo muito curto, importante a existência, no solo, de elementos nutritivos indispensáveis ao seu desenvolvimento. Os elementos nutritivos mais importantes para o feijão são os seguintes:

Nitrogênio - sendo uma leguminosa produtora de frutos ricos em proteína, o feijão é mais exigente em nitrogênio que outras plantas, requerendo um suprimento contínuo e adequado para o seu desenvolvimento vegetativo e também para a formação de vagens e sementes. O feijão pode fixar o nitrogênio do ar, através de simbiose com o Rhizobium phaseoli, mas essa faculdade é limitada pela inexistência de estirpes de alta capacidade e pelo seu ciclo vegetativo muito curto, não alcançando, na prática, os resultados esperados. A maioria dos autores nacionais e estrangeiros admite a vantagem do emprego de adubos nitrogenados químicos, embora não despreze totalmente o trabalho das bactérias fixadoras de N do ar.

Experiências revelaram que a reação a tais adubos se manifesta principalmente em solos arenosos e glaciais e, em certas circunstâncias, nos solos de terra roxa. Em terras do tipo massapé-salmourão acontece o contrário. As mesmas experiências mostraram que a aplicação de nitrogenados, em duas parcelas, aos cinco e quinze dias, na base de 100 kg/ha cada uma, proporcionou maiores rendimentos.

Fósforo - embora o feijoeiro não absorva da terra mais de 4,7 kg de fósforo por hectare, sabemos que é necessário colocar à disposição das raízes cerca de quatro vezes mais a quantidade requerida, para assegurar o desenvolvimento normal da planta e a boa produção de sementes.

Tratando-se de planta delicada e de ciclo curto, recomenda-se o uso de fósforo de fácil dissolução em água, como o superfosfato simples. Deve ser colocado 5 cm abaixo do solo e 5 cm ao longo das linhas, ao lado das sementes, mas delas separado com terra, de tal forma que as primeiras radicelas o encontrem com facilidade. A aplicação de material orgânico à piso, junto aos adubos fosfatados, bem como a adubação verde com leguminosas, favorece a mobilização do fósforo no solo, inclusive daquele que se acha em forma pouco solúvel.

Potássio - com relação ao potássio, o feijoeiro remove grande quantidade do solo, cerca de 40 kg/ha. Todavia, em estudos realizados, o efeito de adubos potássicos foi comparativamente fraco, embora se tenha notado que, corrigidas as deficiências de nitrogênio e fósforo, eles começaram a manifestar sua reação.

Esse elemento participa da composição de quase todos os órgãos da planta, assumindo papel importante na resistência à seca, na translocação dos compostos formados entre os órgãos, na síntese das enzimas que catalisam a combinação do fósforo com açúcares e na formação de proteína. Quando ocorre menor variação de temperatura no solo e maior disponibilidade de água, há maior assimilação de potássio, como se verificou em ensaios realizados em regiões quentes de São Paulo.

Cálcio e magnésio - o cálcio é muito importante no fortalecimento das raízes do feijão e atua no metabolismo do nitrogênio, enquanto o magnésio, entrando na composição da clorofila, desempenha papel importante na fotossíntese. Em terras neutras e carentes de cálcio e fósforo, basta a aplicação de adubos fosfatados que contenham cálcio, como o superfosfato simples. Quando as terras são deficientes em magnésio, recomenda-se a aplicação, nas folhas, de sulfato de magnésio a 2%, na base de 300 litros/ha. Contudo, os solos deficientes nesses dois elementos se apresentam com acidez elevada, razão por que o emprego de calcário dolomítico um mês antes do plantio é medida prática e eficaz.

Enxofre e zinco - O enxofre, participando da composição da proteína é absorvido pelo feijoeiro em maior quantidade que o fósforo. Em solos ricos deste elemento, o uso de adubos como o superfosfato simples ou sulfato de amônio resolve o problema. Em terras exploradas por cereais durante muitos anos, pode ocorrer deficiência de zinco, especialmente em solos arenosos, com acidez com índice próximo de pH=7. Pode-se corrigir a deficiência com a aplicação nas folhas de sulfato de zinco, na base de 3 kg dissolvidos em 300 litros de água/hectare.

Adubação básica prática

Para o preparo de doses de adubos químicos, devem ser considerados a reação da planta, análise de solos, a parcela de nutrientes removidos pela cultura e o aspecto econômico da aplicação de fertilizantes, isto é, o preço do produto e o preço do adubo. Dessa maneira, não é possível generalizar uma fórmula rígida de adubação para o feijoeiro em diferentes terras.

Cálculo 

Adubação de plantio: em função dos teores de fósforo e potássio dados pela análise do solo;
Adubação em cobertura: aplicar 35 kg/ha de nitrogênio
Calagem: A quantidade de calcário deve ser calculada com base na análise  do solo, de acordo com a formula:

 

N.C. = T(V2 - V1) x f

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- N.C. = necessidade de calcário em ton/ha;

- T = capacidade de troca de catiônica do solo ou a soma de K+Ca+Mg+H+Al, em 1.mg/100cm3 de terra, dados pela análise do solo;
- V = porcentagem de saturação de bases desejada, para feijão usar 60%;
V = porcentagem de saturação de bases fornecida pela análise do solo;
 =  100/ORTN; fator de correção considerando a qualidade do corretivo, sobretudo o grau de finura; pode-se usar f=1,5.

Adubação foliar

O feijoeiro, como foi dito anteriormente, é uma planta muito influenciada pelas condições de clima, razão por que, e também por motivos econômicos, nem todos os lavradores aplicam adubos químicos, preferindo usufruir o efeito residual de adubação aplicada à cultura anterior.

Hoje, porém, os lavradores que preferirem aumentar a produtividade, depois de observada a vegetação satisfatória do feijoeiro no campo, decorridos vinte a trinta dias da germinação, podem lançar mão de adubação foliar.

Controle de pragas e moléstias

As pragas que normalmente atacam o feijoeiro são: cigarrinhas, mosca branca, ácaros, pulgões, tripses, percevejos, lagartas Elasmo, vaquinhas, etc. As moléstias mais comuns são: ferrugem, míldio, mosaico comum, mosaico anão, mancha de levedura, antracnose, mancha angular, macrophomina, crestamento, podridão bacteriana, etc.

O meio ambiente, isto é, o vento, a temperatura, a umidade, etc., tem muita influência na ocorrência de moléstias e de pragas. Assim, na lavoura de feijão da seca, é comum aparecerem míldio, ferrugem e cigarrinhas; nas culturas de feijão das águas aparecem crestamento bacteriano, macrophomina, etc. O lavrador deve estar prevenido para o surgimento dessas pragas e doenças e para as alterações do meio ambiente. A presença de insetos transmissores é outro fator multo importante na propagação de vírus e de outras moléstias acima citadas. Nas áreas vizinhas às culturas feijoeiros podem-se plantar milho para fazer barreira ou servir de quebra-vento, contanto que esteja livre de ervas daninhas hospedeiras para não constituírem focos de microrganismos patógenos. Devem-se também eliminar as sementes manchadas ou suspeitas de presença de qualquer elemento produtor de doenças.

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