
Milho
No Brasil a cultura do milho basicamente esta dividida em duas safras demonimadas primeira e segunda safra. Na primeira safra, ou safra verão, o Brasil palntou, safra 19/20 4,245 Mi/ha com produtividade média de 6.008k gs e uma produção total de 25,560 Mi/t. A região Sul lidera com plantio de 1.452 Mi/ha e produção de 11,779 Mi/t seguido pela região Sudeste 1.105 Mi/ha e produção de 6,933 Mi/t e região Nordeste com 0,961 Mi/ha e produção de 3,821 Mi/t. Na segunda safra, safrinha, o Brasil plantou na safra 20/20 12,878 Mi/ha com produção total de 70,936 Mi/t. A região Centroeste lidera com 8,179 Mi/ha e produção de 49,433 Mi/t com destaque ao MT que planta 4,889 Mi/ha e produção de 30,948 Mi/t.
O milho é uma planta que exige, durante o seu ciclo vegetativo, calor e umidade suficientes para produzir satisfatoriamente, proporcionando rendimentos compensadores.
Pelo grande número de variedades existentes e o aprimoramento dos métodos de melhoramentos através da Genética, criando novas variedades e híbridos, esse cereal encontra possibilidade de cultivo em uma larga faixa do globo com grandes variações climáticas, apesar de sua origem tropical.
Quanto à latitude, encontramos o milho sendo cultivado desde 58ºN no Canadá e União Soviética, até 40ºS na Argentina. No que se refere à altitude, é produzido desde altitudes negativas, ou seja, abaixo do nível do mar, na região do mar Cáspio até altitudes de 3.600 metros nos Andes Peruanos.
Para as zonas temperadas, que possuem verão curto com dias longos, existem variedades precoces que em apenas 3 meses após semeadas, podem ser colhidas. Para as regiões equatoriais úmidas o ciclo da planta poderá atingir 10 meses ou mais. Nas regiões subtropicais ou tropicais, como ocorre no Planalto Central do Brasil, cultiva-se normalmente variedades ou híbridos de ciclo intermediário.
A temperatura é fator limitante para a cultura do milho, existindo trabalhos demonstrando que, em regiões onde a temperatura média diária no verão é abaixo de 19,5ºC ou a temperatura média da noite cai abaixo de 12,8ºC, o milho não tem condições de produzir.
Quanto à capacidade de germinar e iniciar o desenvolvimento vegetativo, poucas linhagens conseguem germinar satisfatoriamente em temperaturas abaixo de 10ºC.
O período de florescimento e maturação é acelerado em temperaturas médias diárias de 260C e retardado abaixo de 15,5ºC.
Quanto ao regime pluviométrico, regiões onde a precipitação varia de
250mm até 5.000mm anuais possibilitam a instalação da cultura de milho.
Admite-se que o mínimo de 200 mm de precipitação, durante o verão, é indispensável para a produção sem irrigação.
O clima mais favorável à cultura é aquele que apresenta verões quentes e úmidos durante o ciclo vegetativo, acompanhado de invernos secos o que vem a facilitar a colheita e o armazenamento.
No Brasil, com exceção de algumas regiões da Bacia Amazônica, do Nordeste e extremo Sul, não há limitação climática para a produção do
milho.
Escolha do terreno
A escolha do terreno para a cultura do milho tem grande importância para que se consiga produções elevadas, capazes de proporcionar lucros compensadores. Deve-se destinar a essa cultura, preferivelmente, as glebas que possuem solos férteis, profundos, soltos e de boa permeabilidade à água e ao ar. Os solos encharcados não se prestam à cultura do milho.
As glebas devem ser planas ou apresentar inclinações suaves, permitindo assim a maior mecanização possível de todas as operações exigidas pela cultura. Nas glebas muito acidentadas, não permitindo a mecanização, tem que se empregar mais mão-de-obra para realizar as operações necessárias, fazendo com que os lucros diminuam, além de apresentarem sérios problemas de controle da erosão, provocada pelas enxurradas.
Solo
Uma vez escolhido o terreno, o lavrador deve retirar a amostra do solo e enviá-la ao laboratório, onde será realizada a análise química através de laboratórios ou das Casas da Agricultura. A coleta de amostras de solo deve ser efetuada com bastante antecedência, para que as recomendações de adubação cheguem às mãos dos lavradores em tempo adequado. Assim a aquisição de corretivos e fertilizantes será feita com certa antecedência, evitando atropelos de última hora. Agindo dessa maneira, o lavrador terá tempo suficiente para se informar convenientemente sobre os fertilizantes a serem adquiridos e também a firma que lhe possa fornecê-los a melhores preços e condições. O lavrador não deve se esquecer do fato de que saber comprar influi também no lucro final de seu empreendimento.
As instruções, para a coleta de amostras de terra para a análise química, devem ser observadas atenciosamente pelos lavradores. Essas instruções encontram-se detalhadamente descritas no verso do formulário que deve ser preenchido pelo lavrador e, se possível, com o auxílio de um Técnico. É interessante frisar que alguns laboratórios não procedem a análise de solo sem que esse questionário seja preenchido.
Outro ponto importante é a exatidão das informações que devem ser prestadas por ocasião do preenchimento desse questionário. Esse questionário consciente, exato e completamente preenchido, constitui um elemento de muito valor para o técnico que vai recomendar a adubação. Permite, juntamente com os dados obtidos no laboratório, fazer a recomendação mais adequada, principalmente do ponto de vista econômico.
Preparo do solo
O milho, como todas as culturas, tem necessidade de ser semeado num terreno bem preparado, sem o que a semente não terá condições favoráveis para uma boa germinação e também a planta terá dificuldades para desenvolver-se, acarretando queda da produção. Um bom preparo do solo visa, primordialmente, melhorar a relação solo-ar-água, além de eliminar as ervas daninhas que normalmente infestam as glebas, nos períodos que ficam desocupadas entre uma cultura e outra. Para que o preparo de solo seja satisfatório e as plantas venham se beneficiar, deve-se proceder, em primeiro lugar e preferencialmente, com alguma antecedência, a destruição dos restos da cultura que ocupou a gleba no ano anterior. Para isso o lavrador lança mão de grade de discos, roçadeira de pasto ou rôlo-faca. Não possuindo esses implementos, deve-se fazer o enleiramento desses restos no sentido de "cortar as águas" ou seguindo as curvas de níveis, se estas já estiverem marcadas sobre a gleba. Essa medida visa proteger o solo contra a ação das enxurradas, evitando a erosão e as queimadas, que podem vir, com o correr dos anos, comprometer seriamente a fertilidade do solo. A destruição dos restos culturais facilitar a sua decomposição bem como as operações, seqüentes, principalmente, a aração, semeadura e operações de cultivo.
A aração deve ser processada a urna profundidade de 15 a 20cm, em número de uma ou duas conforme as condições e o tipo de solo. Se o terreno vem sendo cultivado seguidamente durante os últimos anos, uma única aração é suficiente. Se for terreno de pastagem ou estiver em descanso, enfim, estiver mais "sujo", poderá haver necessidade de duas arações, para que todos os restos fiquem bem enterrados e não venham a constituir obstáculos para as operações futuras, principalmente a semeadura que é uma operação que deve ser realizada com bastante capricho e exatidão.
Segue a operação de gradagem que nos solos leves, arenosos, uma só, nas vésperas da semeadura, é o suficiente. Nos solos mais pesados, argilosos (terra roxa), pode haver necessidade de mais de uma gradagem.
Qualquer que seja o tipo de solo e as condições em que se encontra, o importante é que, no final do preparo, esteja bem destorroado, para que as sementes e posteriormente as plantas encontrem as melhores condições de germinar e desenvolver-se bem.
A gradagem feita nas vésperas da semeadura serve também para evitar que as ervas daninhas concorram com as plantas de milho, logo no início de seu desenvolvimento, época essa em que são mais prejudicadas pela concorrência de plantas invasoras.
A destruição dos restos culturais pode ser iniciada desde terminada a colheita anterior, geralmente do mês de maio em diante, até fins de agosto. No início de setembro, ou mesmo antes, havendo condições de umidade ou conforme o tipo de solo, já se inicia a atação seguida das gradagens necessárias. Essas épocas referem-se às condições do Estado de São Paulo. O importante é que, no período compreendido entre fim de setembro e início de outubro, o solo esteja em perfeitas condições de receber as sementes.
A conservação do solo implica numa série de medidas, todas orientadas no sentido de preservar ou melhorar a sua fertilidade e evitar as perdas por erosão. Assim é que o lavrador deve manter o controle sobre queimadas, adubações, rotação de culturas, executar culturas em faixas alternadas, alternar capinas, adotar plantio em nível, construir cordões em contorno e fazer terraceamento. As práticas mecânicas de conservação do solo devem ser aliadas às práticas vegetativas para que o conjunto se reflita numa conservação racional, eficiente e segura.
Sendo um conjunto de práticas relativamente complexo, o lavrador deve sempre recorrer a um Técnico para que seja devidamente orientado, evitando assim perda de tempo e dinheiro.
Havendo condições favoráveis de umidade e temperatura no solo, as sementes germinarão, em média, cinco dias após a semeadura. Depois da germinação, há necessidade de controlar o desenvolvimento de ervas daninhas que aparecem junto com a cultura. Se o terreno foi bem preparado e o sulco de semeadura feito de acordo com a recomendação já descrita, os cultivos, visando principalmente o controle das ervas más, poderão ser executados empregando-se o planet de cinco enxadinhas ou gradinha de dentes, que são equipamentos simples e baratos e altamente eficientes, quando corretamente usados. Em culturas mais extensas e altamente tecnificada, cultivadores de tração motora são usados com muito bom resultado, mas exige operador muito prático e habilidoso.
Os cultivadores de tração motora devem ser muito bem regulados e exigem que a semeadura tenha sido executada com muita exatidão visando o emprego desse tipo de equipamento no controle das ervas daninhas.
O uso da enxada deve ser abolido, é uma prática cara e morosa e só se justificaria para pequenas culturas. Também o emprego de instrumentos que aprofundam muito no solo, como o "bico de pato", deve ser evitado, principalmente se houver necessidade de cultivar quando as plantas já se encontrem mais desenvolvidas. Esses tipos de instrumentos causam danos ao sistema radicular das plantas, o que vem refletir negativamente sobre a produção final.
Os cultivos devem ser iniciados logo que as ervas daninhas nasçam, tendo o cuidado de não deixá-las desenvolver. Elas concorrerão com as plantinhas de milho em água e nutrientes e se crescerem demais se torna difícil o seu controle, sem causar danos à cultura de milho, que está também iniciando o crescimento. Normalmente, dependendo da infestação de ervas daninhas no terreno, dois ou três cultivos são suficientes para manter a cultura no limpo até os 34 ou 40 dias (época da adubação nitrogenada aplicada em cobertura).
Nesse primeiro período de desenvolvimento das plantas, a cultura não pode sofrer concorrência do "mato", o que é muito prejudicial à produção. Passada essa fase, via de regra, o mato não tem mais condições de concorrer com as plantas de milho devido ao seu rápido desenvolvimento e conseqüente sombreamento do solo, criando condições desfavoráveis para as ervas daninhas.
A importância da semeadura feita em sulco largo e profundo ressalta agora, principalmente, no primeiro cultivo, pois os cultivadores recomendados, além de destruírem as ervas daninhas nas entrelinhas provocam retorno de uma certa quantia de terra ao sulco original, "abafando" a sementeira que vem desenvolvendo junto da planta de milho. Essa operação evita o uso da enxada para capinar junto das plantas, o que é altamente vantajoso.
Essa pequena amontoa (chegar a terra ao pé das plantas) é também benéfica no sentido das plantas ficarem mais firmes ao solo, evitando a ação maléfica de ventos fortes que normalmente podem, provocar acamamento, o que também pode comprometer a produção.
Considerou-se até aqui apenas o cultivo mecânico. Atualmente, é possível lançar mão do cultivo químico, através de produtos generalizadamente chamados de herbicidas. Quanto ao uso de herbicidas na cultura de milho, encontra-se no comércio diferentes produtos que oferecem resultados muito bons no controle de ervas daninhas. Há limitações de ordem econômica no uso desses produtos e só devem ser aplicados sob uma supervisão técnica rigorosa.
As dosagens, regulagens corretas de aplicadores, tipos de ervas daninhas a serem combatidas, o tamanho e idade dessas ervas, tipo de solo e condições climáticas são os principais fatores a serem considerados para que uma aplicação de herbicida seja correta.
O lavrador, por medida de segurança, se optar, por alguma razão, pelo cultivo químico, deve solicitar a supervisão de um técnico. Qualquer erro de dosagem, de época de aplicação, ou mesmo de produto não adequado para as condições de sua cultura, poderá comprometer seriamente a produção ou não dar o resultado desejado. Os herbicidas, quando mal aplicados, podem ser tóxicos às plantas e ao meio ambiente.
Raleação
Como a quantia de sementes recomendada deve ser um pouco além do número de plantas que se pretende obter por unidade de área, no final do ciclo da cultura, pode haver necessidade de desbastar ou ralear, operação essa que consiste em arrancar algumas plantas para ajustar o número de plantas recomendado por metro de sulco. Essa operação de desbaste deve obedecer a certo critério no que diz respeito à época ou tamanho da planta. Pelos ensaios realizados no Instituto Agronômico de Campinas, em relação à época de desbaste, quando houver necessidade, os resultados indicam o melhor momento é que ocorra aos trinta dias após o plantio. Em terrenos muito férteis e quando as condições de umidade e calor são francamente favoráveis, talvez haja vantagem em antecipar um pouco a época do desbaste, pelo fato do crescimento das plantas ser mais rápido.

100
Lucro na Colheita

100
O Melhor Negócio

100
Mais Produtividade

100
Foco no Produtor